Ampliar a agenda e olhar mais para o ser humano

A esquerda brasileira viveu um momento muito interessante e de profunda fecundidade intelectual, artística e política nos anos que antecederam ao golpe militar de 1964.
Aglutinados em torno dos CPCs da UNE, gestou-se parte significativa das manisfestações artísticas que criariam o ambiente cultural e político dos anos 60 e 70 e, fundamentalmente, formou-se boa parte da nata de artistas brasileiros, alguns de nível tão elevado que chegaram bem próximo de provocar verdadeiras revoluções e desencadearam movimentos artísticos que mudariam para sempre o ambiente lúdico do Brasil.
Os CPCs da UNE, que fomentavam a cultura e arte brasileira e que também discutiam política - sem deixar de provocar o encontro das duas (talvez até um fenômeno natural naquela época, dado o clima em que se vivia) - são um exemplo concreto do quanto de revolucionário e profundo pode ser a esquerda brasileira, atuando em outras frentes, que não somente a política, demonstrando com isso também, que as transformações podem e devem ser provocadas em outros flancos.
Nos dias de hoje, com um clima político bem mais propício, inclusive favorável a pauta que a esquerda sempre brigou para ver implementada, penso que seja também o momento ideal para espalhar pelo Brasil inúmeros processos de debate e de fomento da arte e da cultura brasileira.
Esse é um processo que deveria ser encabeçado mais uma vez pela esquerda brasileira, pois é quem possui uma visão de que as artes e a cultura em geral devem estar disponíveis para toda a sociedade, devendo servir como mecanismo para provocar a emancipação social e não para ser elitizada e para o servir ao regozijo de alguns poucos privilegiados.
Contudo para que isso ocorra, a esquerda brasileira precisa voltar a discutir e protagonizar mais esses ares, precisa ser mais plural, ampliar sua agenda e extrapolar o circuito meramente político. Isso a tornará também mais focada e envolvida com os debates em torno do humanismo... Enfim precisa perceber que as demandas e as angustias atuais da sociedade exigem respostas mais complexas que as meras soluções políticas podem propor.

A Reforma urbana

A luta pela reforma urbana foi uma agenda que animou boa parte da esquerda brasileira, muito especialmente nos grandes centros do país, entre os anos 60 e 70 e com grande vigor a partir dos processos de abertura política na década de 80, culminando com o processo constituinte.
Muito embora não tenha adquirido a mesma visibilidade e grau de contestação como o seu correlato rural, ou seja, o movimento pela reforma agrária, contudo revelou-se um movimento capaz de responder aos desejos pela melhoria da qualidade de vida de um contingente muito maior de pessoas, haja visto que a algum tempo o Brasil tornou-se uma país com população eminentemente urbana.
Faziam (e ainda fazem) parte da agenda da reforma urbana, dentre outros aspectos, a luta contra a elitização de uns e consequente segregação de outros tantos espaços urbanos, a relativização do direito de propriedade privada na tentativa de instituir a chamada função social da propriedade e das cidades, a construção coletiva das cidades e sua gestão de forma democrática.

Um tema distante do Amapá

Esse importante movimento, protagonizado por importantes setores da esquerda brasileira, foi o principal responsável pelos avanços instituídos na constituição federal de 1988 (conseguindo-se incluir na carta magna um capítulo que trata especificamente da política de desenvolvimento urbano) e posteriormente pela aprovação dos estatuto da cidade em 2001, que regulamenta a Constituição e institui importantes avanços políticos e sociais, com o potencial de pavimentar a estrada rumo a um desenvolvimento urbano sustentável.
O que vem nos chamando a atenção no Amapá, é que esse movimento teve e tem pouca ressonância na pauta de preocupações e prioridades dos nossos movimentos sociais urbanos.
Alguns dos sintomas disso podem ser contatados, seja pela irrisória participação popular e parca demonstração de interesse desses segmentos na elaboração do plano diretor do município de Macapá (que a lei já exigia que fosse caracteristicamente participativo) e também uma participação meio que sem empolgação no processo de elaboração do plano diretor do município de Santana (em 2005 e 2006).
Se considerarmos que esses são os dois principais e mais urbanizados municípios do Estado e que ainda temos um longo caminho a percorrer em termos de urbanização, o fato não deixa de ser preocupante. Isso porque, as nuances que o debate assumiu na academia e o tratamento já dispensado pela lei para essa questão, colocam os institutos da reforma urbana (os já materializados) como elementos que permeiam várias facetas do processo de desenvolvimento, que não somente o urbano, ou seja, irradiando suas influências nos processos de desenvolvimento social, ambiental e econômico, por exemplo.
Por toda essa relevância, os partidos de esquerda e os movimentos sociais deveriam dar mais atenção à esse tema no Amapá.

Comportamentos fora do lugar

Numa das oportunidades que tive de assistir a reuniões do diretório nacional do PT, presenciei algo que me chamou bastante a atenção, não pelo debate em sí (de alto nível como todos que já pude assistir) que rolava em determinado momento, mas pelo que comentou um companheiro que o assistia ao meu lado.
Estávamos no segundo ano do primeiro mandato do governo Lula e discutia-se a intervenção do governo em uma determinada área. Pelo menos 03 (três) falas que se sucederam foram feitas de forma bastante contudente, com discursos rasgados, frases de efeito, ou seja como uma retórica bem própria do PT militante, contudo circundando o tema e sem apresentar propostas objetivas. A primeira vista pareciam bastante convincente, contudo, sem a noção do lugar que o PT estava ocupando naquele momento, ou seja, um PT que estava no Governo. Afinal (ai entra o meu companheiro ao lado), os companheiros falavam “como se não fôssemos governo, como se o povo não tivesse esperando respostas em forma de resultados e não mais discursos rasgados, afinal isso não resolverá o problema”. Essa fase, esse local de franca oposição, tinha ficando para tráz, era hora de ser objetivo, preciso e competente.
Confesso que em algumas das nossas reuniões do PT, me vem à lembrança esse episódio de maneira muito forte, afinal de contas, é necessário compreendermos com clareza o papel que estamos exercendo hoje na sociedade santanense, isso sem querer tolher o debate e nem as formas enfáticas, mas afinal, não se pode transformar isso no principal. Nossas forças mais criativas e mais expressivas precisam ser canalizadas para dar respostas ao povo de maneira célere e competente. Isso é atuar com a noção exata do lugar que ocupamos hoje. Afinal de contas agora nos é exigido que façamos o convencimento pela agilidade e pela competência.

O CAJU está ficando pronto

Uma das obras mais esperadas pela juventude de Santana (pelo menos dos segmentos mais organizados de juventude), do Estado e também por algumas importantes lideranças nacionais desse segmento, está em fase final de construção – a Casa da Juventude.
A obra que foi decidida pela população através do OP e que também contou com a participação de representantes da juventude quando da definição de seu formato, poderá ficar pronta antes do final do ano. A obra possui algumas pendências com relação a alguns ajustes em serviços que se julga pertinente incluir, mas que o recurso originalmente previsto não foi suficiente para arcar.
O CAJU servirá como um grande ponto de encontro da juventude santanense, devendo oferecer cursos de informática, oficinas profissionalizantes e espaço para apresentações culturais e para o desenvolvimento de oficinas artísticas.
O governo já vem se articulando junto a parlamentares federais para equipar o prédio, tanto com os equipamentos necessários para colocar o prédio em si para funcionar, quanto para colocar em ação todas as oficinas e atividades originalmente concebidas para o mesmo.
Certamente esta será mais uma grande conquista do governo comandado pelo PT em Santana e principalmente da cidade de Santana, em especial de sua juventude.

Participação popular em Santana: falta a população apoderar-se dos instrumentos criados

Santana vem despontando como um dos grandes ícones da participação popular na região norte, haja visto que inúmeras políticas de governo vem sendo construídas em conjunto com a população, através da sua participação direta nos espaços públicos de decisão criados, tais como no OP, no Plano Diretor e em conferências municipais.
Sem dúvida que essa é um constatação que nos enche de entusiamo e de auto-estima, contudo há problemas que precisam ser enfrentados e melhor avaliados.
Dentre os principais, destaco pelo menos dois: O primeiro é a lentidão em se ver materializado decisões que já foram tomadas, especialmente na esfera do OP e que fundamentalmente dizem respeito a execução de algumas obras e a segunda (a meu ver o mais preocupante) é uma espécie de relação ainda fria da população em geral em relação aos instrumentos já criados e que se revela, principalmente, na forma de processos ainda tutelados e mantidos pelo poder público, que ainda assume praticamente todas a iniciativa dos processos, desde sua concepção até a sua execução de fato.
O primeiro problema, posso atestar, já vem provocando um crescente movimento dentro do governo municipal, com vistas a imprimir maior celeridade na materialização das obras e serviços decididos, dependendo portanto de decisão politica e principalmente (agora), da competência técnica dos gestores. Contudo, a segunda questão é bem mais preocupante, pois se a população e, em especial, os movimentos sociais, não se apropriarem efetivamente dos processos participativos, a depender do humor e da cor partidária dos gestores à frente da PMS, poderemos assistir todo um edifício de democratização da gestão construído de maneira sacrificante ir por água abaixo e vivenciarmos indesejáveis retrocessos políticos em Santana.
Na desejável tarefa de esquentar a relação entre a população e os instrumentos de participação popular, poderão contribuir de maneira determinante, principalmente os partidos políticos que passam a compor a base política do governo, em especial aqueles que possuem ligações históricas com a bandeira da participação popular, ou seja, o PT, o PCdoB e o PSB.

A imigração não é só miséria e as cidades precisam se preparar

Alguns mitos e preconceitos vem sendo historicamente criados pelas elites, com o fim blindar seus interesses de qualquer tipo de ameaça. Assim, na discussão em torno do desenvolvimento urbano, já é meio que um dogma estabelecido que os processo migratórios (em qualquer lugar do mundo), em especial aqueles que expulsam milhares de pessoas da zona rural com destino às cidades, sejam somente fontes de inchaço urbano e de miséria.
Alimenta esse discurso o fato de que o destino na da imensa maioria desses contingentes de pessoas acabem sendo as áreas menos valorizadas e mais pobres das cidades, inchando-as e formando as incômodas favelas.
Ocorre que uma afirmação assim não poderá ser feita, deixando de considerar alguns fenômenos que estão diretamente embricados na questão. Assim, deve-se tentar entender inicialmente em que condições viviam essas pessoas antes de mudarem para as cidades e porque o fizeram, e ainda, qual o peso que esse novo contigente humano passa a representar para os processos de desenvolvimento locais.
Essas e outras importantes constatações/indagações fazem parte do principal relatório produzido pelo Fundo de População das Nações Unidas (disponível no site http://www.unfpa.org.br/Arquivos/swp2007por.pdf) que, sem fazer uma defesa dos processos imigratórios em si, afirma, no entanto, que uma coisa é fato: as pessoas, ao decidirem se mudar de um lugar para outro, o fazem considerando as possibilidades que tem e que, na sua imensa maioria, a vida nas cidades, por mais miserável que seja, acaba sendo melhor do que aquela que tinham na zona rural em que viviam, dado a falências destas últimas nas mais variadas regiões do mundo.
A constatação ressalta ainda mais a importância de se planejar as cidades, de ter cuidado com os discursos feitos e de uma atenção ainda maior para o processo de urbanização; sendo urgente a preparação das cidades para absorver um contigente de migrantes que não cessará de crescer nas próximas décadas.

Necessidade de fortalecer os municípios brasileiros

No bojo da questão anterior, uma pauta na agenda dos debates nacionais adquire ainda mais importância, qual seja a do fortalecimento do poder local, no caso brasileiro, dos municípios.
Após a Constituição de 1988, muitas tarefas e responsabilidades foram acrescidas aos municípios brasileiros, muitas ações foram descentralizadas para essas instâncias, cujos exemplos mais patentes são a educação (em alguns níveis) , boa parte dos serviços de saúde e uma gama de políticas de assistência social.
Contudo, o aporte de recursos destinados aos municípos para arcar com essas tarefas, não foi alocado na mesma proporcionalidade e o resultado é uma patente e crescente incapacidade dos municípios brasileiros em responder as suas crescentes demandas, especialmente aqueles que possuem um incipiente dinamismo econômico e dependem fundamentalmente de repasses federais, como é o caso da maioria dos municípios localizados na Amazônia e particularmente, o do município de Santana.
Ora esses ingredientes todos – aumento das demandas por serviços públicos e crescente insuficiência de recursos – vem criando uma realidade explosiva, a exigir uma intervenção imediata, sob pena de refletir no acirramento dos problemas sociais e da violência nas cidades, o que aliás já é patente nos dias de hoje.
Nesse sentido, não deve-se esperar apenas que pretensos políticos compromentidos com a causa municipalista de uma hora pra outra assumam suas responsabilidades, é necessário mobilização e participação social para engrossar esse caldo e pautar a luta por mudanças estruturais, especialmente nos critérios de repartição dos recursos federais.

Santana 21 anos – III Concurso de ornamentação natalina

O concurso de ornamentação natalina entra em sua terceira edição e promete mais uma vez contribuir para encher a cidade de luzes e beleza, dando uma importante contribuição para difundir o agradável espírito natalino.
A exemplo do que ocorreu no ano passado, é esperado para esse ano que várias residências inscrevam-se e propiciem um show à parte em termos de criatividade e vigor, numa saudável disputa.
O resultado, certamente, será um maior embelezamento da cidade e ,essencialmente, a difusão de um clima de paz e solidariedade, próprios dessa época do ano.
A comissão organizadora se prepara para garantir um concurso com toda a lisura necessária e celeridade na divulgação dos resultados, a exemplo do que foi feito nas duas edições anteriores.
Interessados deverão entrar em contato com a comissão organizadora, na sede da PMS, na Área Portuária ou pedir informações pelo telefone: 3281-7001.

Retomando as obras da via modelo

Após a conclusão de parte das obras da segunda etapa da via modelo que envolvia asfaltamento, drenagem e calçadas, a prefeitura prepara a retomada das obras que objetivam deixar pronta a via na extensão que vai até em frente ao hospital de Santana.
Nessa próxima etapa das obras estão inclusos a colocação de abrigos de passageiros, de lixeiras nas calçadas, de luminárias, de placas de identificação das vias e da sinalização horizontal e vertical.
A retomada das obras está sendo possível, após a liberação da parte do recurso que cabe ao governo federal e da conclusão do processo licitatório.
Ainda para esse ano são esperados a liberação dos recursos (já conveniados) para conclusão das obras da terceira etapa (que vai até a rodovia salvador diniz, via o bairro provedor); possibilitando que o município passe a ter uma via expressa que cruzará toda a cidade.

Vem aí o aniversário de Santana

Sob o título “Santana 21 anos”, daremos início a divulgação de uma série de notícias sobre a programação desse ano para comemorar o aniversário da cidade.
A série de eventos que vem marcando o aniversário da cidade (que já vai para sua quarta edição), já está inclusa na agenda dos Santanenses, e porque não dizer, dos amapaenses em geral, dado a repercussão que vem adquirindo.Essa certamente é uma das grandes vitórias da atual gestão e que foi reeleita para mais 04 anos de governo.
Para esse ano, novidades são aguardadas. Trabalha-se para proporcionar uma maior visibilidade ao evento e consequentemente para a cidade; o que certamente redudandará em incremento da sua arrecadação.

Manter as trincheiras

As eleições em Macapá não foram só vitória e derrota para, respectivamente, situação e oposição. Na verdade demonstrou o vigor desta última e acendeu a luz amarela da primeira.
Da parte da situação, com os dois mais importantes flancos institucionais do Estado nas suas mãos seguirão seu caminho rumo a consolidação de seu projeto de poder.
Quanto a oposição, além dos desafios já mencionados anteriormente, há que se manter a mobilização e o ânimo, com a convicção de que o relativo insucesso do pleito em Macapá, foi apenas um episódio de muitos outros que ainda virão.
Umas das formas tradicionais de luta é, mesmo sem a ajuda da grande imprensa, garantir a repercussão dos argumentos e das denúncias. Os fatos estão por ai reproduzindo-se todos os dias, seja nos serviços oferecidos de educação, nas filas dos hospitais e na falta de resposta para problemas históricos e cruciais, dentre vários outros.

O dever de casa necessário das esquerdas e da oposição

Cada vez mais fica evidente que as elites amapaenses vem se articulando e aos poucos estabelecendo os tentáculos de um projeto econômico e duradouro para o Amapá, bem nos moldes do que já vem acontencendo em vários Estados brasileiros.
Fazem parte desse processo sim, a eleição e reeleição do atual governador, uma maioria consolidada na Assembléia Legislativa, o predomínio total de seus pontos de vista nos meios de comunicação de massa do Estado e o seu espalhamento para as esferas municipais, evidenciado no último pleito, dentre outros aspectos.
Ora isso tudo é fato, mas e o enfrentamento disso tudo será feito (se o for) em que bases pelas esquerdas amapaenses ? Qual é o projeto alternativo de poder desenhado ou que processo se pensa implementar para desenhá-lo? Depois de feito, como a sociedade será envolvida e mobilizada para assumí-lo?
Nos parece que o último pleito eleitoral em Macapá, também evidenciou que o PDSA (a despeito de vários acertos e boas intenções) encontra dificuldades para ser digerido pelo eleitorado.
Todas essas questões demonstram a dimensão do desafio e do dever de casa que os grupos políticos de oposição e mais à esquerda no Amapá, precisam fazer.

Erro ou acerto?

Após a conclusão do último pleito eleitoral municipal, com a vitória do candidato governista Roberto Góes, em que o prefeito de Santana – Antonio Nogueira – assumiu posição expressa em apoio ao candidato derrotado (e da oposição) Camilo Capiberibe, alguns meios políticos afetos a produzir análises e avaliações, tem divergido quanto ao saldo (positivo ou negativo) que resultou para o prefeito petista reeleito.
Penso que para a avaliação da questão, pelo menos dois enfoques devem ser considerados:
O primeiro diz respeito ao movimento estratégico/eleitoral de um partido e de um político em ascensão no Estado (PT/Nogueira). Como Santana não representa nem quarto do eleitorado do Estado, penso que o movimento poderá ajudar a espalhar a liderança construída em Santana (em torno das boas práticas e do imaginário de realizador criado em torno de seu nome), num meio propício, qual seja, o daquele eleitorado que anseia por mudanças no panorâma político estadual.
O segundo diz respeito ao projeto político que está em implantação no Estado, nestes seis anos de governo Waldez e que caminha para seu aprofundamento. Nesse flanco, independentemente de ser prudente ou não, o movimento feito começa a demonstrar a insatisfação dos petistas santanenses com os rumos tomados com o projeto de poder e desenvolvimento que se deseja para o Amapá.
Nunca é demais ressaltar, que essa é somente uma interpretação dos fatos e que ela é desse blogueiro, não se estendendo à ninguém mais.

É só o Lula ou esse governo criou raizes?

Os dados que indicam melhoras em indicadores sociais e infra-estrututurais do país e a enxurrada de políticas públicas oriundas do executivo federal na direção do enfrentamento de problemas históricos brasileiros nos deixam bastantes animados a cerca do momento interessante (em quem sabe de transformação) que nosso país (finalmente) passa a vivenciar.
Contudo, a derrota em alguns centros importantes do país - a despeito de todo esforço do PT e de suas grandes lideranças - para prepostos de adversários já estabelecidos (e em franca campanha) e ainda o bom desempenho da oposição nas pesquisas de intenção de voto relativo ao próximo pleito presidencial; nos reacendem dúvidas sobre um efetivo (ou não) enraizamento do governo Lula e de suas políticas.
Não estaríamos diante de um mero fenômeno político centrado na figura quase messianica de um operário que percorreu uma trajetória cinematográfica até o palácio do planalto?
O projeto em implantação cresceu no mesmo nível que o fetiche em torno de Lula?
Saberá o eleitorado distinguir entre figuras públicas, parafernálias midiático/marqueteiras e os projetos em disputa, o caminho mais adequado a continuidade da desejável mudança? Ou haverá retrocesso?...
Nos parece que o momento que vivemos também é rico por nos proporcionar respostas à essas inquietantes perguntas.

Coisas simples e grandiosas


Reunir amigos, encontrar a família... estar do lado de quem te gosta.
Numa época em que o “mundo anda tão complicado”, as soluções podem ser simples.
Valorizar o encontro, o contato, a conversa...
Aproveitar a internet para difundir idéias, aprender coisas e baratear o custo de outras tantas;
Mas nunca, jamais imaginar que um MSN deve substituir a grandeza dos contatos “ao vivo”; tão oportunos para ratificar e aprofundar os sentimentos simples e marcantes da vida.
Coisas que nos tornaram seres diferentes, superiores (dizem), porque aprendemos a nutrir sentimentos que talvez nenhum outro animal o façam...
Adoro vocês todas, mulheres da minha vida, minha grande, simples e dócil família...
Num dia comum, de coisas simples, reaprende-se lições um tanto quanto óbvias,
Mas que a pressa do dia-a-dia insiste em distanciar da gente.
Que muitos dias 21/11, possamos passar juntos e reaprendendo as coisas simples.

Filme: Amor nos tempos do cólera

  • Nesses dias de ficar demolho, sem fazer nada (talvez uma das melhores sensações do ser humano), assisti ao filme "Amor nos tempos do cólera", que levou aos cinemas uma das monumentais obras do autor colombiano Gabriel Garcia Marques.
  • O filme (que certamente não consegue provocar e/ou reproduzir) as mesmas sensações da leitura da obra, por sua vez é cheio de qualidades e recomendável, especialmente para nós latinos, "sem dinheiro no banco e vindos do interior".
  • O painél recriado no filme, nos ajuda a entender nossas origens, recria tipos próprios daqui dessas bandas (e que ainda é possível encontrar em várias das ruas das pequenas cidades) e a perceber questões que são comuns aos povos da América do sul.
  • O forte do filme, porém, é o acalento e a poesia com que o sentimento de amar e de cultivar o amor é retrato, bem ao estilo do grande mestre da literatura colombiana, que também é autor da majestosa obra "Cem anos de solidão".
  • Pra arrematar, la película conta ainda com Fernanda Montenegro em mais uma atuação digna de sua trajetória.
  • Quem puder assistir eu recomendo.

Aproximação com a academia

  • Um governo que pretende imprimir um rítmo forte e contundente nas suas políticas, a partir do ano de 2009, como é o do PT em Santana, precisa desenvolver todo o esforço necessário para tornar parceiro desse projeto setores da sociedade que possam contribuir técnica e cientificamente para melhorar a qualidade das suas políticas
  • Nesse sentido, a academia deve ser tratado como um parceiro privilegiado e estratégico.

O protagonismo do PT no futuro governo

  • O PT em Santana, que não terminou do mesmo tamanho que começou o primeiro mandato, tem uma nova e valorosa chance de ser um importante (e muito provavelmente o principal) protagonista no governo municipal.
  • Contudo, deveres de casa precisam ser feitos, especialmente no que diz respeito a qualidade das suas proposições e intervenções. Não bastam os votos conquistados (que são inquestionáveis). É necessário esforço e qualidade na fomentação e implementação das políticas. Para isso, harmonia interna, qualidade na formulação e dedicação são palavras chaves.

Ao governo, ao debate

  • A idéia que se está concebendo para iniciar o desenho do segundo mandato do PT a frente da Prefeitura Municipal de Santana é iniciar um amplo processo de discussão, envolvendo governo e a sociedade civil, com a finalidade de diagnosticar e propor diretrizes para as políticas públicas a serem desenvolvidas nos próximos quatro anos.
  • Pretende-se qualificar a discussão e colocar as coisas na sua devida ordem de prioridades, ou seja, para iniciar bem o governo, primeiro o debate, a reflexão e depois sim, a formatação e formação do próximo governo.