“Lá vai o Lula” ... trouxe respeito

Nos primeiros anos do governo Lula, um quadro desses programas de humor, que nos ajuda a aliviar a tensões dessa nova vida estressada, satirizava as inúmeras viagens do então recém empossado presidente da república. “O homem só quer saber de viajar”, diziam os mais apressados, “também o cara mal sabe ler e escrever pega uma teta dessas, tem mais é que aproveitar”, concluiam outros.
Por parte do discurso oficial vinha um justificativa que ressaltava a necessidade de efetuar acordos internacionais que livrassem o Brasil de poucos mercados, tirando-o da dependência e monopólio comercial de alguns poucos países, notadamente os EUA e “vender” o Brasil para outros mercados. O resultado seria blindar o país e expandir o comércio exterior.
Bom, nos parece que estava certo o discurso que emanava do palácio do planalto, pelo menos é o que nos faz concluir as manchetes de ontem de alguns sites e jornais brasileiros, dando conta de que a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico – OCDE, uma “organização internacional que agrupa as nações mais industrializados do globo”. Será inevitável alguma desaceleração produtiva no país em função da crise financeira que atinge todo o planeta, contudo dentre todos os demais países analisados (que inclui dentre outros: China, Índia, Rússia, EUA e os da zona do euro), o processo aqui será o de menor intensidade, o que permite concluir que o Brasil, dentre todos, apresenta-se com “o melhor cenário econômico”.
O fato não nos parece pouca coisa, se comparado às machetes e efeitos que assolavam o Brasil em tempos anteriores de crises parecidas ou próximas à essa. Algumas importantes bases foram fundadas e estão em processo de enraizamento no país. Assim, cada dia mais o Brasil adquire maior respeito internacional em vários aspectos, agora também naqueles relacionados à sua economia (não nos esqueçamos que o país atingiu no ano passado o investment greed (grau de investimento), colocando o país entre as poucas nações do globo que não possuem qualquer restrição para a realização de investimentos).
É fato que muita coisa precisa ainda ser feita, especialmente para combater a ainda enorme desigualdade social, o abandono da infância brasileira, melhorar a educação, a saúde, fazer a reforma agrária e a reforma urbana. Contudo, nos parece que passos importantes estão sendo dados para colocar o país, pelo menos, na era do capitalismo, afinal, como já dissera Lula a alguns anos, um dos problemas do Brasil, é que “sequer somos um país capitalista ainda”.

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